27/08/2013

AVISO AOS BONS MÉDICOS: SEUS REPRESENTANTES ESTÃO DESTRUINDO A PROFISSÃO



Por MARIO MARONA

Eu conheço grandes médicos.

Um deles, especialista em dermatologia, mas com longo aprendizado em emergências, inclusive de hospitais americanos, tornou-se para mim um médico de família e já há 20 anos eu não faço nada com a minha saúde antes de ouví-lo. Nunca vi um médico tão eficiente e rápido em diagnóstico e, ao mesmo tempo, tão humano no atendimento. É meu amigo no Facebook e posso me orgulhar de dizer que somos também amigos pessoais.




Também tenho um cardiologista competentíssimo, um especialista em cateterismo que, posso dizer, sem exagero, salvou minha vida, um clinico geral em quem confio plenamente, e minha filha é atendida pelo melhor e mais atencioso pediatra que já conheci. Dou os nomes de todos eles, pela ordem, e com justiça: Fábio Cuaibano, Marcelo Melo, Leonardo Duarte, Jorge Spitz e Luis Felipe Mader.

Também já conheci péssimos médicos.

E os defino assim menos por falta de habilidade técnica do que por carência de humanidade e solidariedade com o paciente. Menos por formação superficial do que por escassez de atributos de cordialidade e respeito pelo doente. Menos por falta de experiência do que pela pressa com que tentaram me empurrar tratamentos caros que, descobri depois, eram desnecessários.

Não quero a opinião de nenhum deles sobre esta foto. Também não peço que digam o que pensam do comportamento de seus representantes classistas. Não seria justo. Eles nunca me perguntaram o que eu acho do nível do nosso jornalismo e, se o fizessem, eu diria que, naquele momento, não saberia calcular se o número de canalhas superava ou não o número de profissionais corretos. Torcia pelo menos por um empate técnico.


O que os bons médicos que conheço certamente sabem, porque são pessoas inteligentes, é que o comportamento atual de seus colegas de corporação pode causar estragos prolongados, talvez irreparáveis, à imagem de uma linda profissão.

O Sintonia Fina - @riltonsp

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